Drácula

Drácula

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Para mim a mais perfeita adaptação do clássico intemporal de Bram Stoker, o vampiro enclausurado na sua própria condição,  cruzando oceanos de tempo esperando o retorno do seu amor desaparecido no passado, da última vez que foi humano, da última vez que amou. Atrás da fachada de clássica história de terror existe pois uma tocante fábula sobre o amor e a relatividade absoluta do tempo, quando a nossa existência é uma prisão.

Foi este o caminho que Coppola escolheu seguir, neste que muitos acham ser o seu  melhor filme, já que nele se combina um pouco de tudo que o faz um dos melhores de sempre: uma certa megalomania nos cenários e guarda roupa por exemplo, uma edição perfeita, sem quebras de ritmo e precisa, uma direcção de actores que acentua os traços distintos de cada um, a inocência de Mina versus o desespero e missão do vampiro com um plano de reconquistar o seu amor perdido. Neste sentido, a vontade de Coppola adaptar este clássico da literatura culminou num filme que se tornou ele próprio um incontornável clássico pós -moderno do cinema de terror.