Lifeforce

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Tobe Hooper, o realizador de culto de “Texas Chainsaw Massacre”, aceita dirigir este épico do cinema fantástico em 1985, aproveitando o embalo de “Poltergeist”, depois de ter sido considerado na altura como um dos mais promissores criadores do género.

Uma raça de extraterrestres, vagamente vampirescos, que sugam a “força da vida” de qualquer ser vivo que com eles se atravesse, são resgatados da sua nave por uma equipe expedicionária Inglesa. Este é o mote para um dos títulos absolutamente incontornáveis do cinema fantástico das últimas décadas: grande produção europeia, pouco comum para a altura, ainda levando em conta que abordava um gênero não muito habituado a este tipo de orçamento, mas sobretudo uma grande sobriedade de Tobe Hooper na realização, nunca descorando as suas próprias referências no cinema de terror, mas emprestando também ao projecto um rigor e competência na fotografia e direcção de actores que fizeram o filme descolar completamente da possível etiqueta de “série B”, para o cimentar como um dos títulos mais citados pelos amantes do fantástico.

Foi também o filme que nos apresentou uma ex-bailarina que povoaria a mente de muitos adolescentes da década de 80: a sensual Mathilda May, aqui no papel duma mortalmente  “irresistível“ extraterrestre. Muito se haveria de falar dela nos anos que se seguiram e esta estreia estrondosa: uma estrela então em franca ascensão.