A oeste de Bakhmut, nada de novo

A oeste de Bakhmut, nada de novo

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Em Bakhmut o exército Ucraniano arrisca o cerco completo e aumenta pilha de corpos na alvorada da primavera. Não se pode dar a impressão de uma qualquer derrota, e nesse sentido ensaia-se a narrativa a vender; vai ser “uma retirada estratégica”, tudo para disfarçar a cagada que tem sido a ajuda ocidental à Ucrânia, ontem ouvi que por exemplo dos 400 e tal carros de combate previstos apenas chegaram cento e pouco, sim, estão a ler bem, enquanto isso a frente é martelada diariamente pela poderosa artilharia russa e a coisa está desesperada ao que parece. Macron, o ponta de lança, já foi à China ver se Xi ji Ping intercede pela Europa, pondo encima da mesa os 700 biliões de trocas comerciais com a UE e a assunção de que é vital manter as populações do velho continente calmas e obedientes ao esforço de guerra. Quem a vai pagar a conta são os pobres e a classe média Europeia e não é hora de perder o conto de fadas heróico que se anda a vender.

Estamos todos sentados à espera da contra ofensiva Ucraniana, que por este andar deve acontecer lá para o dia 30 de Fev do próximo ano, e os EUA continuam a ser os EUA; fezada que a economia não dê Tilt, já que foi deste lado que os bancos começaram a falir e não do outro, mas nunca subestimar a capacidade dos americanos de apanhar nos cornos, nos últimos 50 anos onde se meteram perderam sempre e foram corridos, a última vez do Afeganistão, com o rabinho entre as pernas, deixaram as meninas afegãs para trás para cuidar dos meninos marines e das suas mamãs, fartas do bullshit do costume. Nunca percebi o fascínio Europeu pelos EUA, especialmente por gente demasiado nova para os terem visto realmente ganhar o que quer que seja, Macron lá vai dando o mote: esquecam naqueles loosers e vamos nós sozinhos com a China que é mais seguro.

Dentro da América há um outro país: a finança, o neoliberalismo, e esse não tem pátria e não quer saber do chão onde medra, está se a borrifar para a Rússia, para a Ucrânia e para a Europa, apenas lhe interessa o balance lá para o dia 30. E aí reside a sua tragédia fundamental, a razao porque tudo acaba eventualmente por falhar. Bastou um puto apelidado de Teixeira para nos recordar o tigre de papel americano.

É este bullshit dos EUA que lhe mina por completo a credibilidade. Lá fora os Estados Unidos são pouco mais do que uma piada; um país que luta contra terroristas por esse mundo fora, e bem, os inimigos dos EUA, mas que vive uma guerra civil há décadas, com um número estimado de baixas entre as 10 e 15 mil americanos mortos só o ano passado por outros seus concidadãos e porquê? Porque não existe controlo de armas; nem a Al Kaeda sonharia com um bodycount desses, é deixá-los sozinhos que eles matam se uns aos outros.

Agora na guerra da Ucrânia, passam a receita de sanções económicas à Rússia para a vergar a um colapso económico, mas é do seu lado que há bancos a falir. E as armas estao desta vez ironicamente atrasadas.