A Barracuda

A Barracuda

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Katie Ledecky: braços desproporcionadamente grandes, caixa torácica destendida e ombros largos, mãos grandes e pés que mais parecem barabatanas, coxas de tamanho e volume muscular colossal, seios pequenos e espalmados debaixo do speedo de superfície tipo pele de tubarão, eis o protótipo da super atleta, uma super mulher dentro de água que de alguma forma recupera os tempos sinistros das mulheres nadadoras com barba e acne durante o período em que quase todas elas tomavam testosterona para se tornarem uma barracuda humana dentro das piscinas; vistas de trás parecem homens e de frente nota-se o tunning da biometria masculina como forma de aceder aquele patamar de performance apenas ao alcance de algumas (e dos ateletas masculinos); alimentando a discussão do verdadeiro ideal olímpico e o que ele deve ou não representar para as atletas femininas que descartam quase por completo a sua feminilidade física num desporto que para além de alguma técnica é sobretudo explosão resistência e força bruta, o território dos homens por definição. A questão da atleta transgénero com testículos que deixava as suas concorrentes a 10 segundos de distância, e que entretanto foi proibida (/do?) de participar em qualquer prova oficial internacional reavivou esta interessante e pertinente discussão.